De certeza que já tomou ou toma algum suplemento ou vitamina, na esperança de ter mais energia, controlar o stress, favorecer a memória ou a qualidade do sono, confirmando o espantoso benefício que a publicidade anuncia! Mas será que fez realmente a melhor escolha?
Em Portugal, os suplementos alimentares são considerados géneros alimentícios, com a especificidade de se apresentarem, com os constituintes definidos e doseados e em formas farmacêuticas como comprimidos, cápsulas, líquidos ou pós.
Basicamente, são considerados fontes concentradas de nutrientes, retiradas das plantas ou dos alimentos e apresentadas ao consumidor no intuito de obter mais benefício do que o obtido ingerindo simplesmente os alimentos.
Devem apresentar um efeito benéfico, mas não são medicamentos, por isso, não podem mencionar nunca propriedades profiláticas ou de cura de doenças ou sintomas. O seu enquadramento legal indica que se destinam a complementar e/ou suplementar o regime alimentar normal, não devendo ser utilizados como substitutos de uma dieta variada.
Habitualmente são fórmulas com múltiplos ingredientes, cuja ação em conjunto reforça o efeito final no organismo. Podem conter substâncias derivadas de plantas ou parte de plantas, vitaminas e minerais e outras fontes nutricionais com efeito fisiológico benéfico, como fibras, probióticos, ácidos gordos, aminoácidos, fungos e enzimas.
Devido ao fato de a grande maioria dos suplementos alimentares terem nas suas fórmulas plantas ou substâncias encontradas na natureza, é muito comum usar o termo de “suplementos naturais” para referenciar este tipo de produtos.
Atualmente, os suplementos alimentares abarcam um imenso universo de possibilidades quer em termos de indicações de utilização, quer em termos de variedade de ingredientes.
Mesmo partindo de ingredientes naturais, estas fórmulas não são isentas de toxicidade e de possíveis efeitos secundários. Além disso, os benefícios da sua toma só são conseguidos quando adaptadas corretamente, em termos de doses e constituintes, a cada pessoa atendendo às características individuais, eventuais doenças, condições de saúde e medicamentos.
Tendo em conta que a aquisição de suplementos alimentares pode acontecer por múltiplos canais, não obrigando a um espaço próprio nem à supervisão de um profissional de saúde e, considerando ainda que, a oferta deste tipo de produtos é cada vez maior, quer em termos de marcas, ingredientes, especificidades da moda, preços, opções de aquisição, bem como publicidade desregulada e sujeita aos comentários de influencers, é cada vez mais importante que população esteja corretamente informada acerca deste tema e dos potenciais riscos associados ao consumo de suplementos de forma inadequada e sem supervisão especializada.
Suplementos alimentares na farmácia: SIM, faz sentido!
A farmácia é um local de saúde com elevada proximidade e disponibilidade para ajudar os seus utentes em matérias de prevenção e informação em saúde. Conta na sua equipa com farmacêuticos com formação académica e conhecimento científico para este tipo de terapia, não medicamentosa, permitindo dar a cada um, o correto aconselhamento das melhores opções e manter um acompanhamento dos seus efeitos.
Disponibiliza uma cuidada seleção dos suplementos em relação à origem, constituintes, dosagens e certificados de qualidade.
Tudo isto contribui para combater a desinformação e os mitos associados a estes produtos e principalmente para aumentar a eficácia e os efeitos benéficos do seu uso, aliados a uma boa orientação em saúde preventiva e hábitos de vida saudável.
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